Pitton Guerreiro

Parabéns Pitton, Ironman é o resumo de tudo contido nessa prova. Quem não conhece e vê somente os números já acha um exagero, mal sabe quantas horas de treino são necessárias para se ter uma condição mínima de participar, quanto mais chegar em segundo nas condições físicas que você chegou, superando tudo que aconteceu com uma determinação invejável. Peço permissão para colocar seu relato no blog. Obrigado

Em primeiro lugar quero agradecer de coração a torcida de todos, muito obrigado pessoal. A lesão na panturrilha esquerda no meio iron de Caiobá, no dia 15 de abril me deixou sem treinar corrida até o dia da prova, meu teste de pé no chão seria no próprio IRON. Continuei otimista, principalmente depois de iniciar treinos de deep water running, bem focado, me mantive sempre acreditando. Foram percorridos durante as 15 semanas de treinamentos específicos pro IRON, incluído as distancias deste, 176,3 km de swim, 5031,3 km de bike e 855,7 km de run, sendo que d este ultimo 124 km foram de deep water running perfazendo-se um total de 6063,3 km. Swin - prova com muita correnteza, acabei nadando 200 m a mais. Tempo quase dentro do previsto. aproximadamente 36’ na prova com muita força e ainda não tive problemas maiores de encaixotamento.

BIKE - 180 km total 5:16:51,4’ abaixo do previsto. Aproximadamente no km 10 ultrapassei o argentino Oscar Gallo, vencedor da categoria, meu principal concorrente, com 15 IRON nas costas e pela terceira vez em Kona. Brigamos, no bom sentido, por muitos quilômetros, até que consegui abrir alguns poucos minutos o que me deu uma folga pro inicio da corrida. O vento só incomodou no final na prova. Fiz uma excelente bike com 33,9 km/h de média, abaixo do previsto.

RUN - Iniciei com pace sempre abaixo dos 5:30’, exceção para os km 9,10,16 e 17 (subidas e decidas muito íngremes) aonde a intenção já era andar. No km 10 o Oscar chegou e iniciamos outra batalha que perdurou até o km 15, inicio da subida no retorno de Canasvieiras, onde resolvi andar pra não comprometer, pois já sentia fortes dores nas coxas, resultado puro da falta de treino na corrida. No km 18 o pace subiu pra 5:57’, aqui vale uma resalva “de seis em seis km faço meus cálculos” e tava dando a finalização da prova pra 10:05’ vixxxxxiiiiii, mas sabia que não iria resistir por muito mais tempo, pois a dor era quase que insuportável e ainda faltavam 24 km. Aos poucos a batalha foi mudando pra simplesmente terminar a prova, até que ao completar a segunda volta calculei que poderia abaixar o tempo do ano passado de 10:57’, outra besteira e das grandes, correr mais 10 km com muita dor e contra o relógio, isso só pode ser coisa de louco, mas vou tentar e não é que deu 10:55’. Maratona pra 4:21:20’ média de 6,11 km/h, muito acima do esperado.

Meus tempos comparados com os do hermano: tempos oficiais. Swim - 1:08:30’ contra 1:08:44’, ganhei apertado. BIKE – 5:17:10 contra 5:20:00, ganhei novamente. RUN – 4:21:24 contra 4:01:26, aqui a diferença. TOTAL: 10:55:43’ contra 10:42:49’ e um segundo lugar meio amargo. // 2009 – 12:38:54’ // 2010 – 11:51:49’ // 2011 – 10:57:21’ // 2012 – 10:55:43’ Sei perfeitamente que perdi pra mim mesmo, e concluo que aprendi o seguinte. Após uma lesão farei uma avaliação bem detalhada ouvindo profissionais do ramo e optado até por abortar a prova caso necessário, não adiantou nada ter sofrido tanto. Até agora, quinta feira a tarde ainda sinto dores nas pernas, nem no meu primeiro IRON sofritanto. Apanhar faz parte pra aprender e melhorar, erra r tudo bem, mas desistir jamais. Pitton usei o termo guerreiro mas acho que errei, a guerra tem um vencedor e um perdedor, melhor seria batalhador. Batalhas são etapas de uma guerra aonde temos tempo de aperfeiçoar defeitos e consertar erros.