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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

IRONMAN COZUMEL-MÉXICO

Sai do Brasil no dia 29 de Novembro, na companhia de minha esposa, com destino à Ilha de Cozumel, com escala em Miami. Do avião, chegando em Cancun, vimos a cor da água, simplesmente indescritível, pensei “este passeio vai ser fantástico”.
 Em Cancun peguei o ferri, uma embarcação pra Ilha de Cozumel. Após check-in fui pro hotel onde ficava a concentração do iron a fim de pegar o kit.
No sábado à tarde fui pra área de transição entregar a bike e sacolas de transição, onde fui informado que o percurso de natação seria modificado e reduzido de 3800 para 3100m devido a forte correnteza do mar.
No domingo acordei bem cedo, tomei café e novamente fui pra área de transição, onde normalmente é dada a largada pra natação. Fomos transportados para um hotel e largamos de dentro da água em uma linha reta até o local da T1 (natação/bike) e a favor da correnteza. Dei uma bobeada e acabei largando muito atrás, pegando muito congestionamento, mas a correnteza ajudava e a velocidade era muito grande até aproximadamente 500m da chegada, quando a maré mudou de direção e a coisa se complicou, tive que socar o braço pra render um pouco. Durante todo o percurso o fundo do mar era visível, com muitos corais e pela posição das plantas aquáticas dava para ver o sentido da correnteza. Sai da água com 00:49:43” e após T1 em 04:40”, sai pra pedalar já imaginando o tempo final... “É hoje” e bem otimista.

 Na inicio da bike, desconfie da velocidade muito alta. Um amigo me alertou que na via costeira, num percurso de aproximadamente 6 km, o vento contra era de assustar. Entrei na via costeira e nada de vento contra, olhava para o ciclo computador e via 38 a 42 km/h, o que virá pela frente? Visualizei uma placa “COSTÃO SUL” e em seguida uma curva, a bike parece que brecou, eram vinte quilômetros e vento contra, e ki vento. Era difícil manter 26... 28 km/h. Ruim pra mim, ruim pra todo mundo, vamos embora. Depois vieram 8 km de vento lateral na avenida do aeroporto. Fechei a primeira volta (60 km) com 33 km/h e a cabecinha começou a fazer contas. Terminei a segunda volta com 33 km/h também. Estava me sentindo muito bem e decidi que aumentaria a força na ultima volta. Nas duas voltas notei que muita gente pedalava em pelotões, o que não é permitido e os árbitros faziam vistas grossas, mas não quis arriscar uma punição e continue não fazendo uso do vácuo. No final da segunda volta um pelotão com uns trinta “irons”, mais popularmente chamados de “vaqueiros” ou “sangue-sugas”, passou por mim e abriu uma pequena distancia. No primeiro posto de água encostei nele e mantive-me atrás, pois reduzem a velocidade. Peguei e tomei agua, joguei a garrafinha no acostamento e resolvi ultrapassar o pelotão. Foi ai que um infeliz e sem noção, ao invés de jogar a garrafa pro acostamento a jogou pra traz e travou minha roda traseira, estava na posição de clip e não tive o que fazer, CHÃOOOO.  Dei uma avaliada na situação e resolvi voltar pra prova, péssima decisão. Com a queda o freio dianteiro desregulou e uma das sapatas pegava na roda, parei e arrumei. Pedalei mais um pouco e o cambio traseiro começou a pular marcha, parei novamente e uma borracha, usa pra amarrar equipamentos reservas tinha se prendido na catraca, arrumei e bora pedalar novamente. Problema, começou a dar câimbras quando pedalava forte e também quando parava, tinha que manter uma cadencia mediana e não rendia. Via a media cair rapidamente e não tinha o que fazer, ai a cabeça entrou em parafuso. Comecei a imaginar como seria quando chegasse no tal costão sul? O corpo esquentou novamente e as câimbras sessaram, ufa... até que enfim algo pra ajudar, vou continuar. Terminei a terceira volta com 30 km/h de media e 05:59:55”. Pra quem estava fazendo as contas pra fechar a bike de 5:15 a 5:20, o que dava umas 6 a 6:10” de prova, simplesmente ridículo “imaginei”. Era fechar a maratona pra 3:50 a 4:00h e teria um final por volta de 10 horas, ou quem sabe, o sonhado sub 10.
 
Na T2, com 6:00”, lavei bem os ferimentos e quando sai pra correr encontrei minha esposa, dei uma parada pra deixa-la despreocupada e ouvi “vai que você consegue”, fui, doía tudo. Faltavam 3 voltas de 14 km. Fiz o retorno da primeira perna de 7 km com 38 minutos e nesse percurso ultrapassei 3 concorrentes, marcados com um “I” na panturrilha, minha categoria. A cada concorrente que ultrapassava ficava imaginando “a performance desse cara não tem nada a ver com a minha” devo estar muito atrás de ponteiros. Pra ter alguma chance mínima de ir pra um podium teria que arrepiar na maratona, mesmo assim sem a certeza de conseguir. Tomei uma sabia decisão... vou curtir a prova e diminui o ritmo. O clima alternava entre pancadas de chuva, correndo nos pontos baixos com água até o tornozelo e sol com forte calor. Ficava interessante a cada mudança de faze, hora ardia por causa da água da chuva, hora ardia por conta do suor. Fechei a maratona em 04:42:46” com tempo total de 11:42:34”, 11º dos 51 que terminaram a prova e dos 58 que largaram na categoria. Na classificação geral em 628º dos 1859 que chegaram.
A foto de chegada nem vou comprar: fiz o Nome do Pai e agradeci a Deus. A foto saiu “cabisbaixo” e sem noção do que tinha acontecido, a cabecinha não foi feita pra aceitar muito facilmente as coisas.

Na segunda feira acordei todo ralado, porém sem dor muscular, estava me sentindo inteiro, por isso que a decisão de diminuir o ritmo e curtir o restante da prova foi sábia. Após a prova faria ainda um tour por Cozumel, Cancun e Orlando nos USA para aproveitar a viagem.


Resultado da queda: Ralada feia no ombro, cotovelo, joelho e perna inchada do lado direito. Do lado esquerdo, tornozelo, joelho e parte superior da coxa com contusão, roxos e inchados, sem contar três unhas roxas (correr com o tênis molhado), foi ai que entendi a gravidade da situação e o que tinha passado na prova, então, com a cabeça mais fria deu pra aceitar que foi um excelente resultado e até agora não entendi porque não abortei a prova, teria sido uma decisão mais sabia ainda. Talvez pela cabeça dura e espirito guerreiro...
“bora descansar e passear porque em janeiro começam os treinamentos pro IRONMAN BRASIL 2014”.

Escrito por Paulo Pitton

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Circuito DGABC etapa Sto André e JORI???

Neste final de semana aconteceu a sétima e última etapa do circuito DGABC, já comentei sobre a organização, hidratação e outros detalhes de prova
falei também do valor das inscrições, para mim um preço justo
e a notícia que ano que vem foi confirmada a realização do circuito, só não tendo datas definidas por enquanto.
Quase tudo foi bom, ficando para esta etapa a crítica sobre o guarda-volumes, não exatamente ele e sim para o local que foi escolhido
o estacionamento do shopping Atrium, pé direito baixo, abafado e cheiro de "garagem" mesmo, um misto de gasolina e óleo

se foi ruim para os corredores imagina só para quem trabalhou no evento.

JORI
JOgos Regionais dos Igosos, desculpem minha ignorância é que realmente não conhecia
Jeanete, Lúcia, Dirceu e Dino participaram representando a nossa cidade
 Os jogos aconteceram na cidade de Barueri nos dias 15, 16 e 17 de novembro Cidades tradicionais nesta categoria estavam presentes: Santos, Cubatão, Itanhaém e Peruíbe
No tênis de Santo André tivemos a representação do Dino e Dirceu. Os jogos também tiveram provas acontecendo no AlphavilleTênis Clube 
Parabéns a esses nossos jovens heróis. São o orgulho e exemplo do esporte!!!!!