Neste domingo de feriadão a programação não poderia ter sido mais intensa, se é assim que posso falar
no Rio de Janeiro tivemos mais uma edição da maratona, meia maratona e family run com 6k.
aqui quero destacar algumas particularidades desta prova. A organização foi primorosa, horários e locais de largada diferentes, a meia saindo da Barra seis e meia da manhã (o nascer do sol deu seu espetáculo à parte) e a maratona saiu do Recreio dos Bandeirantes (para quem não conhece 21k mais para trás) uma hora depois, evitando assim que as duas provas se encontrassem
a maior parte do grupo foi inscrita na meia, alegria e descontração não faltaram para eles, o clima da maratona é diferente, afinal são meses de treinos, detalhes insignificantes que podem e com certeza vão fazer a diferença
uma estratégia mal feita, uma noite mal dormida, uma comida que não se está acostumado, uma unha mal cortada enfim qualquer coisa pode levar tudo por água abaixo. Vocês se lembram daquele nascer do sol maravilhoso? pois é... aquilo que é tão bonito... o céu azul... o sol tão querido...nenhuma nuvem... lembram? castigou do começo ao fim quem foi para os 42k. Aqui tenho que lembrar novamente a organização, hidratação simplesmente perfeita, isotônicos de 5 em 5k, nunca tinha visto prova com tanto. O visual divino, praias maravilhosas, de cair o queixo, quem não conhece da Barra para lá está perdendo, posso falar que é outro Rio de Janeiro ainda mais maravilhoso do que se sabe, mas voltando para a corrida, um primeiro trecho bem plano, levando as frequências cardíacas baixas economizado o coração para o que ainda tinha pela frente
o elevado do Joá foi a primeira subida, felizmente corremos pela parte de baixo (sombra), já nos 24k de prova, a vista continuava sendo o consolo, caindo na Barra
já no fim da praia a outra subida esta mais ou menos de 2k, a Niemeyer (impossível de não olhar para a direita e ver todo o capricho que Deus deu nesse lugar), chegando ao Rio mais conhecido, praias famosas como Leblon, Ipanema, Copacabana e outras... então... a prova né? é verdade... sol forte + umidade baixa= castigo para os corredores, quem não viu nas corridas da fórmula 1 os pilotos saindo dos trajetos normais para evitar poças de água, aqui era ao contrário, bastava uma sombrinha para todo mundo mudar o trajeto, chegou a ser engraçado, mas o castigo continuava, temperatura de quase 30º e os quilômetros se esticavam, o corpo já não obedece a velocidade já não vem, na cabeça só a determinação de acabar logo, chegamos então ao último e para mim o pior trecho, saindo da praia entrando para o centro da cidade, faltando um pouco mais de 3k que pareciam 10, contagem regressiva, cada metro é importante
a chegada é no aterro do Flamengo (aqui até o que é feio é bonito), enfim tudo já está acabando, 42k já se foram, as dores somem, o cansaço alivia, a visão do pórtico parece uma miragem, a sensação de vitória toma todo seu corpo, a superação é plena
é impressionante o que esse pedaço de metal toma de importância, nenhum valor financeiro, somente o valor da dedicação e do trabalho realizado
pés com bolhas e unhas pretas não significam nada, fica na memória somente a vitória, não importando nem o tempo que se precisou para ela, simples assim, somente mais um detalhe, mais nada.
Obrigado "sempre" Vânia pelo trabalho realizado, aos amigos que ajudam sempre e parabéns Nilson, João, Ernane e todos os outros anônimos como eu participaram desta MARATONA.
P.S. Pitton e amigos IRONMAN, vocês são loucos
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